Driblando mais de trezentos e oitenta agrotóxicos, penetrar-te-arei por entre as tuas pétalas, para polenizar-te;
Sou abelha: uruçu, zangão, mangangá, inchuí, cafinfin, jandaíra , jati...
Me chamas e trata-me como quiseres, tu que és dono de si!
Polinizar e produzir mel para ti, esse é o meu trabalho, não mudarei minha função
e disso não abro mão!
Mas como homem não é flor, lhe digo:
Homem insensível, és escravo do capitalismo e globalização,
páras de envenenar-me com teus agrotóxicos, pois não tens coração!
O humano usa todas as formas e fórmulas para me eliminar.
Gasta tempo, dinheiro, mata e se mata, mas não pára de atacar!
A Natureza é perfeita, sábia e complacente,
mas chegará um dia em que não mais suportará e eliminará muita gente!
Chega de lucros exorbitantes, poderes, massacres e desumanização,
pois tudo isso só traz aos humanos a falta de respiração!
Para tanto, tome tento, ganhe tempo,
recupere o que foi destruído, senão sobrará só lamento!
Mauro souza
www.maurogaiver.blogspot. com