CRISE ENERGÉTICA
Iniciou-se quando governos anteriores, não comprometidos com
os anseios da população, tencionando tão somente beneficiarem-se
financeiramente, promoveram ações para desestabilizarem os setores: Energético,
Telefônico, Ferroviário, Siderúrgico, Bancário, etc., a fim de promoverem as
privatizações dos mesmos; pois a maioria deles foi desfalcada, através de uma
corrupção sem precedentes. Somente na Cia.de Eletr.do Ceará-COELCE houveram
desvios de dinheiro que somaram mais de R$1.000.000,00(hum milhão de reais)e
para não haverem as investigações necessárias houve grande campanha institucional
tentando mostrar ao povo que essas empresas estavam dando prejuízo ao Estado
Brasileiro e deveriam ser vendidas ao setor privado.
No caso da energia elétrica o governo pregou a tese de que
haveria um "apagão energético" que seria resolvido somente com a
venda do setor. Antes porém, fomos forçados a economizar eletricidade e
comprarmos produtos, teoricamente, mais econômicos, os quais em muitos casos
não tínhamos condições de fazer tais aquisições. Na ocasião o preço do Kw/h não
chegava a R$0,20(vinte centavos de real) e logo que o governo transferiu as empresas públicas de distribuição de
energia para a iniciativa privada, o valor do Kw/h passou para mais de
R$0,40(quarenta centavos de real) e fomos incentivados a consumir mais energia,
e que doravante seria com mais qualidade.
Moral da história: o apagão foi "uma farsa", as
contas de consumo aumentaram mais que o dobro e desde então somos lesados pelas
empresas que nos vendem esse produto com tarifas exorbitantes e de qualidade
ruim.
A assembleia Legislativa do Ceará instalou uma CPI para
apurar reajustes que a COELCE praticou acima do normal e constatou que a mesma
comprava energia de uma outra concessionária(coirmã), que não gerava nenhum KW
por um preço simbólico e nos repassava muitas vezes por mais do dobro nos
lesando em mais de R$7.000.000.000(sete bilhões de reais) os quais a empresa
deveria nos ressarcir e não o fez; pois recorreu à justiça e até agora está “o
dito pelo não dito”.
Com a privatização a empresa adquirente deveria ter investido
no setor para manter o sistema operando com ótima capacidade de geração e
distribuição da energia com qualidade, o que não ocorreu, ficando somente o
ônus para a população; pois na fatura somos obrigados a pagar todos os encargos
possíveis, que aos olhos do povo, seria de competência da empresa distribuidora
do produto em questão, tais como: PIS, COFINS, ICMS, Encargos Setoriais(onde
está incluso seguro para possíveis roubos de fios, equipamentos e ligações
clandestinas); outra incoerência é a
Taxa de Iluminação Pública que é cobrada em duplicidade quando se trata de
condomínios residenciais e comerciais.
O Programa Luz Para Todos também é custeado pelos
consumidores de melhor poder aquisitivo que cobrem as despesas dos menos
favorecidos que era feito através de um fundo institucional mantido pelo
governo federal que agora será repassado diretamente para as constas de
energia.
Os valores a serem repassados para à população, por conta da
ingerência do Governo Federal e das Concessionárias, ultrapassa a casa dos 23
bilhões de reais. A COELCE não quis pagar os 7 bilhões; mas nós teremos que
pagar os 23. Isso é absurdo, ou não?
A quem cabe a responsabilidade, e a culpa?
Indignadamente,
Mauro Souza (Blog: WWW.maurogaiver.blogspot.com/
E-mail:tiomaurotomorrow@hotmail.com)
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