Pequena grande mulher, de apenas 1,49m de estatura,
com doçura,meiguisse, bondade, muito além de sua altura;
Surgiu em 1928, em Morros, no Sertão dos inhamuns,
onde correr com um laço, para "laçar um pingo d'água, era prática comum;
Aos 11 anos de idade, ultrapassou fronteiras, enfrentando muita adversidade,
mas como diziam seus pais, era pra encontrar melhora de vida e a felicidade;
A saga foi cruel, demorada e cheia de incidentes,
onde morreu seu jegue, caindo num abismo, gemendo feito gente;
O destino planejado era a cidade de Senador Pompeu, também no Sertão do Ceará,
com a fome e cansaço, chegou ao Riacho Fundo, em Pedra Branca onde quis ficar;
Ali começara nova vida, crescera, se tornou mocinha e ainda, na pre-adolescência,
surge o "príncipe encantado", o Epifânio, logo querendo casar, pois não tinha paciência;
Casaram-se, proliferaram 15 filhos, dos quais faleceram 8 e conseguiram criar 7, da prole,
onde encontraram grandes dificuldades, para realizar esse feito, o que não foi mole;
Aos 50 anos ficou viúva de Epifânio, devido à morte súbita por enfarto;
aí tudo se complicou ainda mais, pois teve que arcar com as tarefas, o que foi um fardo;
Como guerreira natural, nunca "esmoreceu" e continuou a lutar, sem parar,
sem tempo para nada, sempre dizia Epifânio ser seu único amor e não mais quis casar;
Lutou, sem limites, até 2018 aos 90 anos, onde foi para o "descanso eterno",
deixando um grande legado: amor, harmonia, paciência. Esse foi seu feito materno!
Mauro Souza(Filho)
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